sexta-feira, 19 de junho de 2015

GÊNERO

Sempre tive uma certa dificuldade em comprar roupas estilosas para João. Geralmente, roupas de meninos é aquela mesmice de bermuda+camiseta. A gente tem que se virar nos 30 para fazer as composições. E eu vivo atrás de camisetas legais, que agregue beleza e outras coisitas mas (se é que me entendem). E aí hoje, sem querer me deparei com essa Loja  na internet. Adorei as opções, mas principalmente amei o conceito. Já deu essa coisa de roupa de "menino não pode isso, menina só pode aquilo". As mensagens que encontrei nas roupas me fez pirar. Desejei ter uma filha para vesti-la com a mensagem "Princesa, não! pode me chamar de presidente!". Outra: "Nem toda menina quer ser dançarina". Cheguei a colocar duas na sacola de compras, massssss.... desisti ao ver o frete. Pagar mais de 50% do valor do produto pelo transporte é imoral. Não pago. Mas, resolvi falar da loja, muito mais pela filosofia. Porque eu quero que meu filho entenda desde sempre que ele pode brincar do que quiser, com quem quiser. Que ele pode desenvolver o talento que ele tiver, que ele pode e deve ser quem ele É.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A DIFÍCIL MISSÃO DE EDUCAR

Certamente você já ouviu alguém dizer que “ter filho é fácil, educar é que é difícil”. Eu não achei fácil fazer e estou achando muito, muito difícil educar. E não falo das birras, de impor limites, ensinar a dar “bom dia”, pedir “licença” ou dizer “obrigado”. Se isso faz parte do dia a dia da família, nem se preocupe, seu filho vai aprender apenas pelo exemplo.

O que tem tirado minha tranquilidade é o mundo em que vivemos. Um dia pipocam notícias sobre sequestros de crianças. Aqui mesmo no Recife, semana passada, uma mulher tentou levar uma menina de três anos de uma loja. Outro dia, foi o vídeo dos cachorrinhos mostrando que crianças são facilmente enganadas. Acho que não tem mãe que não se angustie diante dessa possibilidade. Mas, o que fazer para evitar? Como ensinar seu filho tão pequeno a se defender diante desse perigo. E pior, sem assustá-lo?

Eu e o pai de João mostramos a ele o vídeo do cachorrinho e explicamos que pessoas más podem querer levar crianças e que por não sabermos quem é bom ou mau ele não deveria falar com estranhos nem aceitar qualquer coisa. O que conseguimos? Assustar nosso filho, que por duas noites seguidas acordou me perguntando se ele “estava correndo perigo”. Fiquei muito mal com isso. Conclui que não devo repassar pra ele esse peso, que nós, adultos, devemos assumir essa responsabilidade e deixá-lo viver e ter uma infância leve.
                                                                          
                                        "É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais"
                                                                     (Coelho Neto)

Mas, vem cá: é prudente não prepará-lo para situações assim? Outro dia, a mãe de um amiguinho de João me contou que ensinou o filho a se soltar da cadeirinha do carro e sair rapidamente se ela assim o mandar. Medo de assalto.

Ok, neuroses dos nossos tempos. Precisamos encontrar a dose certa, né? Hoje de manhã, antes de sairmos, João me parece assustado, não quer ficar só. Procurei não dar atenção, dizendo que não havia razões para medo. Ele corre para o pai. Eu sem entender o que acontecia. O pai me conta que “desde ontem ele tá com medo do vizinho *“bate-bate”. E lá vou eu explicar que não havia razão para temê-lo e que, além de tudo, o apartamento dele fica em outro andar. Daí o menino aponta para o chão e diz: “mas e a de baixo?”. Mais um gol contra meu? É que sempre reclamo quando, à noite, João
começa a arrastar coisas e a fazer barulho e digo que a vizinha de baixo pode brigar. Óbvio que já expliquei sobre horários, descanso, respeito aos outros. Uma hora você apenas diz que “a vizinha vai brigar”.

Gente, como me sinto “menasmaim” ao contar isso. Sim, educar é difícil e pegar um atalho como este pode fazer mais estragos do que a gente imagina. A boa e velha paciência tem que entrar sempre em ação. No dia a dia descubro que educação também tem relação com saúde. E não adianta a gente se culpar pelo dia de ontem, pelo que já foi. É preciso também aprender e na próxima tentar acertar. E não esquecer que provavelmente, de novo, a gente vai errar. 

*Vizinho bate-bate é a forma "tiradora de onda" de João se referir ao nosso vizinho de garagem que tem 110% do carro batido.  

quinta-feira, 11 de junho de 2015

TEMPESTADE EM COPO D´ÁGUA

Ontem eu postei numa rede social o quanto vida de mãe é emocionante. E em todos os sentidos. Num dia estava chorando de emoção ao ver meu pitoco em sua primeira apresentação pública. E, como ele mesmo definiu, foi um arraso! Dançou tão lindo que nem a mais experiente coruja consegue definir o orgulho dessa mãe aqui...

Aí vinte e quatro horas depois de toda essa emoção estou eu às voltas com a confusão armada pelos dois homens habitantes da casa. João e o pai estavam na área de serviço tentando ajeitar um ventilador. O pequeno aproveitou e se enfiou no quarto de serviço. Quando o pai “se ligou” o menino estava bebendo um líquido que ele encontrou no copo esquecido pela empregada.

Ouço gritos. “JOÃO ESTAVA BEBENDO A ÁGUA QUE TAVA NESSE COPO LARGADO AQUI ATRÁS”. Não dei muita importância porque ouvi a palavra “água”. O pai insiste e briga com o menino; diz que ele poderia ir parar no hospital, que pode ser muito perigoso tomar ou comer o que se acha, blá, blá, blá. E João se assustando... E a mãe de João mais ainda... Perguntei pelo tal copo-perigoso-assassino e o encontrei já na pia da cozinha vazio! Cheirei e nada! Falei para o marido o diagnóstico e ele me diz que também bebeu para ver o que era e que também não tinha gosto.

Mas, o adulto continuava no aperreio e repetia para a criança que ela não poderia beber o que encontrasse pela frente. Também reforcei o alerta e até o proibi de entrar sozinho no quarto de serviço. Quando penso que o controle da casa foi retomado, o pai me diz: “preste atenção pra ver se ele não tem nenhuma dor ou enjoo”. Pronto! Agora eu estava realmente preocupada. E às dez da noite ligo eu pra pobre da funcionária que, com voz de sono, soluciona o mistério. Dentro do copo esquecido tinha água. Apenas água.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quem é João?

João Gabriel é um bebê fofo, lindo, gostoso, inteligente, esperto, etc, etc, etc. Sim, ele é meu filho, deu pra perceber pela corujisse, não é?

João nasceu prematuro, às 18:46 do dia 22 de novembro de 2010. O paizinho dele contou toda essa fase no blog http://www.meubebeprematuro.blogspot.com/ . Os primeiros 84 dias dele foram na UTI do Hospital Santa Joana, no Recife. Mas, isso é coisa do passado.

Hoje meu bebê é super saudável, nunca sequer teve uma febre ou reações as vacinas (glória a Deus!). Aprende coisas novas todos os dias, presta atenção a tudo e a todos, sorrir, faz gracinhas e até malcriações.

O fato é que esses foram os nove meses mais maravilhosos da minha vida. E eu preciso documentar isso.

 

Inauguração.

Olá pessoas.

Há muito abandonei minha vida de blogueira. Já tive blog pra falar bobeiras da minha vida, já achei que falei demais e deletei. Já criei um novo, deixei de escrever e voltei milhares de vezes. Já documentei a fase de noiva neurótica as voltas com o casamento. E agora resolvi criar um espaço para falar do assunto que mais gosto: meu bebê, meu filho lindão, MEU João Gabriel.

Quero falar sobre as dúvidas, as dificuldades, as preocupações de uma mãe de primeira viagem. E também sobre as conquistas, aprendizados, vitórias, novidades, fases...

Espero que exista alguém disposto a ler, comentar, trocar ideias e experiências dessa grande aventura que é ser MÃE!